lixo.
Ontem à meia noite, a minha rua abriu de par em par, as portas e as janelas deitaram fora o lixo, e as coisas velhas, cacos, farrapos, latas e panelas.
Era a Primeira Hora do Ano que chegava e eu pensei: "que posso eu deitar fora?" "que poderemos todos deitar fora?"
Ah, senhor tanta coisa!
Nem cacos, nem farrapos, nem latas velhas, nem trapos, mas tanta dor.. mal empregada.
Tantas gestos errados e as pequenas traições e os pequenos pecados!
E as palavras que ferem como gumes de afiadas adagas.
Ressentimentos, que te fazem sangrar as cinco chagas.
Egoísmos sem fim,
e os altos muros,
das torres de marfim.
Descrença,
Indiferença,
Desfeitos recalcados
Amassados , com rancor
e o amargo sabor da solidão.
Nesta hora de perdão, nesta primeira hora, quantas coisas podemos deitar fora...
Era a Primeira Hora do Ano que chegava e eu pensei: "que posso eu deitar fora?" "que poderemos todos deitar fora?"
Ah, senhor tanta coisa!
Nem cacos, nem farrapos, nem latas velhas, nem trapos, mas tanta dor.. mal empregada.
Tantas gestos errados e as pequenas traições e os pequenos pecados!
E as palavras que ferem como gumes de afiadas adagas.
Ressentimentos, que te fazem sangrar as cinco chagas.
Egoísmos sem fim,
e os altos muros,
das torres de marfim.
Descrença,
Indiferença,
Desfeitos recalcados
Amassados , com rancor
e o amargo sabor da solidão.
Nesta hora de perdão, nesta primeira hora, quantas coisas podemos deitar fora...
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